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quinta-feira, 7 de março de 2013


    Sabe um dia me disseram que não se deve fechar os olhos enquanto se caminha, pois você realmente pode cair. 
    Hoje em dia, isso realmente pouco me importa. Tenho tentado fugir da corriqueira vida que a cidade leva, que as pessoas geram, e ninguém,  absolutamente ninguém, flutua. E isso não porque somos capazes de raciocinar, isso porque estamos no automático  e todo o resto não nos afeta, nem vemos na maioria das vezes. 
    Me vejo abrindo a janela e respirando profundamente, sentido a brisa que segui em direção ao meu pulmão, e pronto acordei do sonho e me vejo correndo de um lado para o outro, sem tempo de sentir. Nós não deixamos de sentir porque colocamos pedras no nosso coração, o cérebro se retira e coloca-se em uma zona de conforto. E sair desta é inevitavelmente dolorido. Porque somos uma parcela de agitação. Mas a parada depois da bruta abstinência da corrida, é gratificante... E o que seria viver se não sentir, pensar gritar, correr, respirar, pairar no ar. 
    As vezes eu simplesmente não lembro de que respiro, parar pra sentir cada pulsação do seu coração e um ato magnifico, pois temos a certeza que estamos vivos. 
    Qual o problema de parar? De escorregar pelas horas e deixar que o mundo passe devagar... Não há nada mais encantador que o vento levando pétalas de rosas do chão, debruçando a grama, num majestoso acolhimento. Encantar-se, isso deveria ser o significado da vida. 
   

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