Páginas

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

De roupas que ninguém vai usar, a brinquedos inúteis, nossa vida caótica vai crescendo para o paradigma de acumuladores, e até comportamentos compulsivos. . . Podemos chamar isso de uma necessidade de segurança. Nós vivemos numa sociedade de consumo. Pessoas que juntam caixas e caixas de papéis são as mesmas que juntam sapatos e mais sapatos. Posso aqui ressaltar claramente nossos vazios existenciais. Onde queremos a todo custo, assim como aquelas pessoas que comem muito, para assim, preencher algo dentro de nos mesmos. Que nem nós mesmos sabemos o que é. E esse consumo tem haver com aquela pessoa que você quer ser...
O enorme trabalho que o indivíduo tem consigo mesmo não mudará sua essência, você nunca será outra pessoa, mas sim alguém mais melhorado. Nesse contexto vemos a maximização da vida, tenho que conseguir, que chegar lá, a todo custo, e nessa correria queremos um resultado rápido. Onde em uma desenfreada busca esquecemos a nossa própria essência, as nossas vontades, e o que realmente vale apena, ou seja, as pequenas coisas da vida. Querer ser o que não é, não te fará melhor, como ser aquela tal pessoa malhavirosa, como aqueles livros dos anos cinquenta de como ser a tal dona de casa perfeita, isso passa o papel do ridículo. Hoje já podemos viver sendo diferentes, não a porque se marginalizar, por ser diferente, querer coisas diferente, ou sonhar sonhos inalcançáveos a vista dos outros, ser cruel consigo mesmo não lhe fará maior, melhor ou mais útil. Reflita na questão que te faz querer superar algo que nem aí menos te pertence, cada um é graças, diferente. E isso este nos faz únicos, seres magnificos, mutáveis, mais com uma essência que sempre será somente sua...

Memória

Nossa memória é uma ilha de edição. A memória é mais emotiva. Experiências emotivas regem nossa vida e nossa memória. Mas as memórias são esquecidas por sobrevivência, pois assim continuamos a viver, pois em nosso cérebro não há espaço suficiente para todas as memórias de nossa vida, e assim precisamos sufocar o q nao nos faz parte, e não somos nós q decidimos, nosso cérebro toma conta da situação sem que percebamos, é má dádiva louca e esplendorosa, pois não somos donos de nossa própria memória, como se não fossemos donos de nós mesmos. Mas posso dizer que minha memória é completamente seletiva, e fantasia fatos, assim como vê de formas diferentes o que ocorre nos meus dias, eu posso ver assim, e como no popular você vê assado.... ^^

sexta-feira, 16 de agosto de 2013




Ei  já viu que torta as cores dos teus sonhos, 
porque não me deixa a vontade, 
sei caminhar, mesmo que eu caia vou levantar, 
até animais sabem decidir o que é melhor, 
imagine eu, que tanto já vivi....


Sem sentido é que se encontra a verdade...

Você realmente não me conhece, não sabe dos meus instintos, não entende como freneticamente minha busca vira curvas e mais curvas num caminho deserto, onde a solidão me acompanha e abusa de mim, e sobra restos vazios de pegadas onde se escondem meu medo, medo de se perder em mim mesma, e alem do fato de ninguém mais me encontrar, eu mesmo perderia a busca da minha razão.
Não pense que busco olhares como estrelas no céu, prefiro fugir destes, as estrelas ainda quero, elas me iluminam, de longe, sem me tocar, secar minha vontade de viver, ou me frear com percepções abusadas de mim. Onde nada se concretiza, nem mesmo revela minha decadência, nesse seculo estreito, onde paisagens são mais significativas que ações, fugas sinceramente caem muito bem não acha? 
Refletir no seu olhar traços passados não me deixar em agonia mas sim em uma perturbadora criação de mim mesma. A qual não quero ser. Não quero erguer.
"Não me sonhe, por favor. Pessoas que acham que podem me amar me ofendem. É sempre muito pouco o que elas podem e é sempre muito diferente do que deveria ser amor o que elas oferecem.

Eu custo a suportar a banalidade do meu ser. Eu custo a aceitar uma relação como a que qualquer um poderia ter. Eu seria mais feliz se eu não me achasse melhor do que a minha vizinha. Mas eu sou infinitamente melhor que ela. Eu e minhas crises de ansiedade somos seres solitários, arrogantes e multiplicados por megalomanias. São mil vezes cem anos de análise e nada. Eu continuo me achando melhor que o amor igual e idiota que se oferece por ai. Melhor do que os casais e seus dilemas de festas de finais de ano e seus sonhos de vestidos brancos e seus cachorros e sacadas de predinhos neoclássicos e planos médicos familiares. Chato, chato, chato.

É sempre nojento quando aparece alguém que quer tentar me amar. Sempre daquele jeito burocraticamente aos poucos e equilibrado e respeitado pela vida social e empresarial e natural e dentro da rotina dos humanos normais do planeta que precisam ir aos poucos porque a vida em sociedade empresarial e natural e tudo isso. E então eu tenho prazer de tornar a vida de todo mundo que se aproxima de mim, achando que pode me amar igual meu vizinho ama a minha vizinha, um inferno. É que, por completa infelicidade, eu sempre acho a minha grama infinitamente mais verde.

O certo, se é que existe o certo, era eu gostar de assistir ao ato da conquista sentada confortavelmente em uma soberba cadeira de rainha. Homens adoram mulheres que se permitem galantear e sorrir entregues para seus lampejos de semi genialidade. O problema é que eu quase sempre sou muito mais engraçada e rápida e semi genial que eles. E estou tão perto de virar um homem que tenho preferido a minha masturbação a ter problemas para conviver com outro ser humano que, por experiência própria, só vai encher a porra do meu saco.

Não sei o nome de milhares de capitais de milhares de estados. A minha vida inteira tirei 6 pra passar de ano. Leio pouco. Tenho fobia de sair de São Paulo. Sou meio flácida e corcunda. Ainda assim, quando um bom moço me oferece amor, me sinto ofendida. Porque é pouco e porque se parece com tudo a minha volta e porque, definitivamente, não tenho estômago pra ser minha vizinha.

Minha vizinha, que é absurdamente igual a todo mundo, é casada com um homem que poderia se passar por qualquer ser humano da terra. Eles vivem uma vida muito parecida com todas as outras. Uma parede me separa dessa realidade insuportável e eu os odeio por isso.

Enquanto isso, gosto bastante de rapazes que, numa festa, conversam de costas pra mim. Pessoas que pouco se importam com a minha existência me libertam de ser especial. Ou, melhor, de não ser esse pequeno e medíocre “especial” que é o máximo de especial que as pessoas podem sentir e dar e ter. Resumindo: me libertam de não ser especial

Se não me percebem não preciso entrar em contato com a dor suprema que é ser percebida de forma tediosa ou menor ou superficial ou igual todos se percebem e se têm e, por fim e rapidamente, não se suportam mais.

Sou imatura, egocêntrica e debilmente iludida por uma auto-estima analgésica de efeito rebote. E dane-se. Um dia o meu amor verdadeiro chegará e será diferente de tudo isso e nós vamos chorar de emoção por ter valido a pena não sangrar até a morte nos insistentes e rotineiros momentos de angústia e nada e vazio e solidão e inconformismo."

Tati B.

Layout: Bia Rodrigues | Tecnologia do Blogger | All Rights Reserved ©