Páginas

sexta-feira, 31 de maio de 2013

"Eu sempre gostei de ficar sozinha. Com o computador, com meus livros e músicas, enfim, com os meus pensamentos. Não sou do tipo que tem muitos amigos, sabe? Conheço todo mundo, me dou bem com a galera no geral, mas no final das contas, em uma sexta qualquer, o que eu quero mesmo é paz. Passei um tempão achando que isso era defeito. Aquelas doenças de quem não gosta de conviver com os outros. Aí parei de ser tão crítica comigo mesma e percebi que é só uma fase. De introspeção e autoconhecimento. Sem julgamentos dessa vez. Não eram as pessoas erradas, na real, nem acho que existam pessoas erradas, era só eu precisando de um tempinho para me acostumar com o mundo... "



"Maio
já está no final
O que somos nós afinal
se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
longe demais

Maio
já está no final
É hora de se mover
prá viver mil vezes mais
Esqueça os meses
esqueça os seus finais
esqueça os finais

Eu preciso de alguém
sem o qual eu passe mal
sem o qual eu não seja ninguém
eu preciso de alguém"


domingo, 19 de maio de 2013

 


E de repente tudo tornou-se rotina, nossas almas foram tornando-se uma, e nossos corpos ficando perplexamente sem ramificações, eu não era mais eu, 
e você não era mais você... apenas nós! 
Somos engolidos pela cinesia mágica da paixão, sonhos, sussurros, escritos, pedaços de vidas que seguiam caminhos opostos e cruzaram-se numa curva sinuosa,
Mostrar-te-ei  minha alma, sem medo de errar, ....
e aqui te digo meu querido, que tolice essa  a dos apaixonados, não mais pensar, 
somente agir... 
Impulsos, impulsos, impulsos...
E como não haveria de ser, se a magia me faz brilhar.
Se meus olhos enchem-se de paixão, calor, fervor, e vontade....
Uma música me leva distante, uma brisa me faz bailar no ar! 
E assim me entrego a mim, a ti, a nós...

quarta-feira, 15 de maio de 2013



""Guarda as declarações decoradas para as menininhas que ainda acreditam em contos de fadas. Comigo, pode vir tranquilo, desarmado, sem os textos decorados desse papel que te entregaram de príncipe encantado. Eu também já me despi de todos os sonhos de relacionamentos perfeitos que a vida me trouxe pelo caminho. Aprendi, na marra, nas caras e nos corações quebrados, que vocês nunca vão funcionar como os príncipes que acordam as belas adormecidas. Depois disso, sempre me mantive bem acordada.

Eu sei seus defeitos. Sei cada um deles. Mania que tenho de observar cada mísera ação das pessoas antes até do primeiro oi. Te analisei enquanto você sorria despreocupado e deixava o sol iluminar seu cabelo castanho.
...
Não quero que responda minhas dúvidas da vida. Talvez, você se veja tentado a questionar o mundo comigo. Talvez você se assuste. Eu sou mesmo alguém cheio de falhas. Tenho buracos em cada partezinha do corpo. Principalmente, no coração. Foram as cicatrizes – no corpo e na alma – que os outros antes de você deixaram aqui. Mas, fica tranquilo, não te quero perfeito. Pode vir cheio de erros.
Vamos nos despir dessa obrigação de fazer o outro feliz. Deixa ali no canto do quarto essa necessidade louca de fazer tudo certo. Eu aceito errar junto. Eu aceito gritos, pratos quebrados, brigas de tirar o fôlego. Basta que você diga que está disposto a errar comigo. E, quem sabe, entre nossos erros, a gente não consiga um ou outro acerto. Mas não te cobro nada não. Meu “felizes para sempre” sou eu que construo. Tô te chamando pra minha vida não pra preencher meus buracos, mas para me dar a mão e me ajudar a tampar minhas feridas. Te ajudo a cicatrizar as suas também, se quiser. E, juntos, rimos disso tudo.
Mas não te cobro nada. Talvez, a gente consiga dar certo. Talvez, a gente acabe, mesmo com uma história bonita. Talvez, você vá embora, talvez eu não queira mais ficar. Mas eu tô aqui, agora: vida e portas abertas pra se você quiser entrar. Porque, sem te cobrar felicidade, sem te cobrar uma história bonita e sem te cobrar amor, talvez, quem sabe, a gente dê sorte e consiga se amar, ser feliz, ter uma história bonita junto. Vai que a vida, o destino, ou sei lá, resolvem dar um empurrãozinho. Quem sabe, até, a gente não se ame até o final dos dias. Até o fim.""

Escrito por Karine Rosa

terça-feira, 14 de maio de 2013

"Lá está ela, mais uma vez. Olhando além da janela, em outra direção, como se estivesse procurando por alguém. A paisagem passa rápido por seus olhos, e aqueles velhos pensamentos logo se perdem entre as árvores e montanhas. Sabe que o mundo é pequeno demais para suas lembranças, então corre de si mesmo, e deixa o vento mudar o penteado, os sonhos e todo o resto. Não liga, sabe que é assim. Como se durante todos os dias de sua vida, tivesse feito e desfeito as malas por alguém.
Sei bem que essa moça, gosta dessas coisas. No fundo,  ela só consegue se enxergar nos olhos de alguém. Por isso, jamais fica sozinha. Odeia ouvir seu próprio silêncio, então decora palavras e toda vez que sente medo, diz sem ter certeza: “Eu amo você”.
Por ser assim, já sofreu centenas de vezes que eu sei. Tomou na cara, no coração e na alma. Mas pra ela, isso não é nada. Sabe disfarçar com sorrisos, batons e café forte. Se levanta toda vez, e segue em frente seu caminho. Não por ser forte, mas pelo contrário,  por saber que é fraca o bastante para não conseguir entender sua alma, admitir essência e voltas atrás. É disso que ela tem medo, dar ré.
Então, pisa firme, acelera e segue em frente toda vez que quer voltar. Deixa o vento agir. Acha que adrenalina é paixão, e paixão é amor. Mistura tudo em um copo cheio de nada, e bebe sem respirar. Pobre moça, conhece todos os lugares do mundo, menos seu próprio coração.  Às vezes, penso até que quando era mais nova, lhe disseram que todos devem ser alguma coisa quando crescer. Então, entre todas as coisas que poderia ser, essa jovem moça escolheu ser saudade. Ser a falta, o motivo e a rima de versos como estes.
Que são escritos a todo instante por caras como eu.  Caras que foram deixados para trás, que ficaram no reflexo do retrovisor, querendo sempre dizer uma última coisa: Deixa disso de uma vez menina. Vê se dessa vez, fica quieta em você. Quando é que finalmente tu vais aprender, que nesse nosso mundo, amar sem amor é besteira e faz doer?"

por Bruna Vieira do Blog Depois dos quinze!!!

Layout: Bia Rodrigues | Tecnologia do Blogger | All Rights Reserved ©